Os contratos em projetos de arquitetura representam muito mais que simples formalidades burocráticas.
São a base para relacionamentos profissionais saudáveis e projetos bem-sucedidos.
Inúmeros empreendedores consideram desnecessário formalizar corretamente esses acordos.
Especialmente quando trabalham com arquitetos ou construtoras indicadas por conhecidos.
Surpreendentemente, dados revelam que aproximadamente 65% dos pequenos e médios empreendedores iniciam projetos arquitetônicos sem contratos adequados.
Resultando em prejuízos financeiros e atrasos significativos.

Por que empreendedores resistem aos contratos formais?
Muitos empreendedores evitam contratos formais por diversos motivos equivocados.
Assim, existe a crença de que contratos complicam relações que poderiam ser baseadas apenas na confiança.
Além disso, alguns consideram o processo burocrático demais para o tamanho do projeto.
De fato, uma pesquisa conduzida pelo SEBRAE em 2023 apontou que 47% dos pequenos empresários acreditam que acordos verbais são suficientes para projetos de menor escala.
Entretanto, esta mesma pesquisa demonstrou que empresas que utilizam contratos formais têm 78% menos chances de enfrentar disputas judiciais relacionadas aos seus projetos arquitetônicos.
Ainda mais, existe o mito de que contratos enrijecem o processo criativo e limitam mudanças durante o desenvolvimento do projeto.
Na verdade, um bom contrato arquitetônico prevê justamente como as alterações serão gerenciadas e precificadas.
Evitando desentendimentos futuros.
Elementos essenciais em um contrato de arquitetura eficaz
Um contrato arquitetônico bem elaborado deve incluir escopo detalhado do projeto.
Especificações sobre entregas, prazos e materiais precisam constar no documento, estabelecendo exatamente o que será produzido em cada etapa.
Portanto, o cronograma físico-financeiro merece atenção especial.
Desta forma, este elemento vincula pagamentos a entregas concretas, criando um sistema de incentivos para ambas as partes cumprirem suas responsabilidades.
Normalmente, um bom contrato distribui os pagamentos em percentuais ao longo das fases do projeto, protegendo tanto o empreendedor quanto o prestador de serviços.
Assim, cláusulas sobre alterações de projeto são fundamentais.
Segundo o Conselho de Arquitetura e Urbanismo (CAU), mudanças de escopo são responsáveis por aproximadamente 40% dos conflitos entre contratantes e arquitetos.
Logo, estabelecer antecipadamente como serão tratadas e cobradas as alterações evita grande parte desses problemas.
Riscos de não formalizar contratos em projetos
Sem dúvida, o maior risco é a indefinição de escopo.
Atualmente, projetos iniciados sem contratos claros frequentemente sofrem com a chamada “expansão de escopo”.
Quando o trabalho continua aumentando sem limites definidos ou compensação adicional, gerando frustração para ambos os lados.
Igualmente preocupante é a ausência de garantias formais sobre o resultado.
Contrariamente à crença popular, projetos arquitetônicos sem contratos adequados têm três vezes mais probabilidade de terminar em resultados insatisfatórios, conforme estudo da Fundação Getúlio Vargas de 2022.
Paralelamente, disputas sobre pagamentos tornam-se comuns.
Em casos extremos, empreendedores podem se ver forçados a pagar valores muito acima do orçamento inicial.
Ou, inversamente, arquitetos podem ficar sem receber por trabalhos já realizados.
Como implementar sem burocratizar demais
Primeiramente, busque modelos específicos para o seu tipo de projeto.
Certamente, considere investir em consultoria jurídica especializada em contratos de construção e arquitetura.
Este investimento inicial pode economizar valores expressivos no futuro.
Dados do Instituto Brasileiro de Direito da Construção indicam que conflitos judiciais nesta área costumam consumir entre 10% e 25% do valor total do projeto.
Ocasionalmente, realize reuniões de alinhamento antes da assinatura do contrato.
Nestes encontros, ambas as partes devem discutir abertamente suas expectativas e esclarecer quaisquer pontos duvidosos.
Garantindo que o documento final reflita perfeitamente o entendimento comum.

Conclusão
Os contratos em projetos de arquitetura não representam burocracia desnecessária, mas sim ferramentas de proteção para seu investimento.
Definitivamente, empresários que implementam boas práticas contratuais experimentam resultados mais previsíveis e satisfatórios em seus projetos arquitetônicos.
Naturalmente, o momento ideal para estabelecer regras claras é sempre antes do início do projeto.
Finalmente, lembre-se que um contrato bem elaborado não apenas protege seu investimento.
Mas também estabelece as bases para um relacionamento profissional produtivo com arquitetos e construtores.
Indiscutivelmente, este é um dos fatores mais determinantes para o sucesso do seu projeto arquitetônico e, por extensão, do seu empreendimento.
Nós, aqui na NEON Arquitetura, trabalhos com projeto e acompanhamento de obra, garantindo a qualidade e segurança que você precisa.
Caso tenha interesse em outros artigos como este, indico este outro artigo.
Deixe um comentário